Gemba: Obtendo o máximo de resultados com o mínimo de custos.

No Japão eu aprendi a respeitar o Gembra. Para eles, Gemba é o chão de fábrica onde tudo acontece e para onde deve ser direcionada toda a atenção, conhecimento e os melhores recursos tanto humanos quanto de capital. No nosso caso este espaço seria mesmo a farmácia, com a sua realidade, dificuldades, oportunidades e desafios.

Os japoneses afirmam que o gemba é onde tudo acontece. Eles recomendam: vá para o gemba e pergunte: por quê?, por quê?, por quê?, por quê?, por quê?, por quê? No artigo “Um encontro significativo com Masaaki Imai no Japão” é possível compreender o que o Pai do Kaizen (melhoria contínua) quer dizer com tantos “por quês?”. Trata-se de um convite à busca pela verdade (o conhecimento verdadeiro). Sem esse conhecimento a gente não conhece as verdadeiras causas, só  pensa que avança, vive se iludindo com as chamadas causas aparentes.

Para muito dirigentes, convidar para que vá ao gemba e conheça a sua instituição pela perspectiva de uma unidade de negócio (uma loja) pode até parecer um demérito mas na realidade este é sim um grande e auspicioso começo.Se fizer isso concluirá que não estamos exagerando quanto ao fato de que muitas  lojas podem sim estar quebrando. Muitas entidades se recusam até a falar deste tema, muito menos admitir tamanha fragilidade. Deveriam encarar a realidade, perguntar sobre a satisfação, entender para poder atender às próprias lojas. Atender como se atende um cliente. Se preocupar com a loja, dar retorno, se antecipar às necessidades.Do alto da sua experiência se o dirigente realmente realmente se dirigir ao gemba, facilmente perceberá que o conhecimento de gestão é muito bem vindo neste ambiente.

O conhecimento é a base mas ele  certamente observará que a loja necessita muito mais do que isso. Muitas vezes a loja não pede algo porque desconhece a própria necessidade e importância. Cabe à administração se antecipar, identificar, entender  para poder atender estas tais necessidades. Espero que tomem a iniciativa de visitar o gemba, conhecer as suas necessidades e oportunidades. Isso não é nenhum demérito e eu garanto que serão muito bem recebidos.

MUITO MENOS PARA A ENTIDADE E MUITO MAIS PARA AS LOJAS.

Não é nenhuma novidade que toda entidade representativa precisa se esforçar para conseguir muito mais, com muito menos. Me refiro ao máximo de resultado com um mínimo de custos. A estrutura de apoio precisa ser enxuta a eficaz, para não pesar muito e repassar para as lojas o máximo possível no que se refere às condições negociadas com os fornecedores. Quanto menor é o apoio para as lojas no que se refere ao suprimento de conhecimento para que ela resolva a grande maioria dos problemas, maior é o tamanho da estrutura que precisa existir para fazer as eternas correções, tentando suprir as deficiências de conhecimento. Acabam incorrendo em custos elevados qua não atuam na raiz dos problemas, necessitando a entidade de repasses cada vez mais elevados para cobrir desesperadamente as despesas e continuar pedalando. Quanto mais deficiente a estrutura de apoio, maior é a necessidade de se elevar os repasses. Mas nestes tempos de aperto nos custos melhor seria canalizar os recursos para o gemba e não para o back office.

Se a estrutura consume muitos recursos e inflaciona os repasses, isso enfraquece as lojas. Elas acabam tentando sair do repasse, se estimulam a ser infiéis na tentativa de conseguir algo melhor, por fora, driblando criativamente os controles, buscando desesperadamente algum recurso na tentativa de fechar as conta.  É o começo do fim! Mas por não dispor de todo o conhecimento, acaba tendo dificuldades na gestão das pessoas, dos estoques, dos clientes. E muito triste constatar que no desespero as lojas estejam buscando erroneamente na infidelidade uma alternativa para o fechamento das suas contas. É o desespero do gemba fazendo qualquer negócio para resolver os seus problemas. As entidades estão fazendo vistas grossas para estes problemas e pecam em não dar mais atenção e recursos para as lojas, onde tudo acontece realmente. Preferem trocar de lojista, a ter que enfrentar os desafios da boa gestão e da capacitação nas próprias lojas.

MUITO MAIS POR MUITO MENOS, SÓ PELA VIA DO CONHECIMENTO.

Depois de mais de 10 anos de experiência convivendo de perto com as necessidades do varejo de farmácias no Brasil, incorporei em definitivo as necessidades do gemba. Mais do que isso, desenvolvi conteúdo de alto valor agregado, com linguagem simples e custos muito baixos por ter idealizado uma plataforma que opera pela internet. A loja escolhe o tema, assiste quando quer e repete quantas vezes necessitar. Para se ter uma idéia, se a loja fatura R$ 50.000,00 por mês o valor anual investido nesse modelo de capacitação para cada loja ficará em torno de 0,083% do faturamento anual.

Independente se a empresa tem ou não algum projeto de treinamento a ser oferecido para as suas lojas, este é um valor tão pequeno que vale a pena pagar para ver. Este projeto foi feito com a finalidade de propiciar o acesso, ajudar a todos, independente do tamanho da loja e da sua localização. Portanto ele tem cunho democrático mas posso assegurar que os conteúdos são práticos, pronto par uso, de aplicação imediata. Nesta semana vamos inaugurar no site uma seção de depoimentos de gerentes/proprietários de farmácias que estão assistindo aos cursos pela internet e comprovando a praticidade, eficácia dos conteúdos, acesso ilimitado.

 

Leia a série completa:

Este texto faz parte de uma série de artigos publicados na Revista ABC Farma. Leia os demais textos da série:

A Inteligência dos cardumes
Entidades fortes e lojas quebradas. Até quando?
Gestão do Conhecimento para farmácias

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