Inovação ao Alcance de Todos

Para começo de conversa, vamos iniciar quebrando um paradigma que povoa a mente de muitas pessoas no ambiente corporativo: é sobre a idéia equivocada de que inovação só tem a ver com o viés tecnológico, temas relacionados à pesquisa e desenvolvimento, aporte intensivo de capital.

Quando colocada sob este prisma, a inovação parece inatingível para a grande maioria das empresas, sobretudo as micro, pequenas e médias cujo volume alimenta o motor da economia e dos empregos no nosso pais.

Tenho insistido em abordar a inovação de uma forma muito mais amigável, também dando ênfase ao capital, só que capital intelectual.

Desta forma, conseguimos falar de inovação para empresas de qualquer tamanho, independente do ramo de atividade.

Há cerca de quinze anos (no século passado) criei uma lâmina para projeção (naquela época usava-se o retro projetor) onde os funcionários, antes de entrarem na empresa, deixavam as suas cabeças cuidadosamente na porta de entrada. Tudo muito bem arrumado em prateleiras especiais, devidamente identificadas, afinal, seria um desastre imaginar que um colaborador pudesse sair e inadvertidamente pegar a cabeça de outro. Este erro primário, não!

A lâmina era uma crítica bem humorada às empresas cuja gestão autoritária faziam questão de desprezar aquilo que possuímos de melhor: o conhecimento e toda a riqueza de percepção que envolve a presença humana, em todos os sentidos. Estamos nos referindo às empresas que pagam para fazer, nelas não é preciso pensar. Nestas empresas a tarefa de pensar pertence ao dono ou aos gestores, postados em suas redomas de vidro, só percebidos vez por outra sempre que uma bronca se faça necessário.

A mecânica é muito simples: sem o uso da cabeça esqueçamos o tão ovacionado capital intelectual. A contribuição será limitada ao corpo, como um fator de produção, razão pela qual devemos esquecer também a motivação, garra, iniciativa, minando em definitivo qualquer esperança de inovação no ambiente de trabalho. Sem o uso da cabeça, bloqueamos todos os caminhos que podem acessar o coração. Inibimos o comprometimento, aquele algo mais que pode fazer diferença e que é tão necessário para a construção de uma vantagem competitiva consistente. A experiência já comprovou que, se não priorizamos o conhecimento de forma sistemática, os métodos e processos acabam ocorrendo de maneira muito precária, e desta forma o volume das perdas torna-se catastrófico. Nestas empresas o algo mais só se manifesta na forma de revolta, descontentamento, frustração.

Instala-se portanto uma espiral negativa, com reflexos na produtividade e na competitividade, tanto da empresa quanto das pessoas envolvidas.

Convidemos a que os nossos funcionários entrem nas nossas empresas com a cabeça e o coração. Cada vez mais informados, conectados, desafiados e estimulados, farão brotar a inovação de uma forma natural, facilitando a sua empresa a corresponder a esta que é a grande demanda nestes tempos de nova economia. A inovação é uma demanda do mercado, com impacto nas empresas e nas nossas vidas.

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